Acretismo placentário
Saiba o que é o acretismo placentário, as suas classificações e principais complicações e como acontece o tratamento!
A condição que envolve uma anormalidade da inserção da placenta na parede do útero é chamada de acretismo placentário.
Gerando um crescimento profundo da placenta nas camadas do útero, essa condição se classifica em tipos diferentes, como placenta prévia, placenta acreta, placenta increta ou placenta percreta, podendo trazer desafios e complicações para a gestação e o parto.
Causado por fatores como cesarianas anteriores, cirurgias uterinas ou alterações no endométrio, o acretismo placentário pode gerar hemorragias, necessitando de transfusões sanguíneas, ou, em casos mais graves, à histerectomia (cirurgia de remoção do útero).
Neste artigo vamos nos aprofundar no acretismo placentário, detalhando as suas classificações e principais complicações, além de trazer todas as informações sobre o diagnóstico dessa condição e como é feito o seu tratamento.
Boa leitura!
O que é acretismo placentário?
O acretismo placentário acontece quando a placenta invade o tecido uterino de forma excessiva, podendo afetar o miométrio e outros órgãos próximos.
Essa condição pode trazer complicações para o momento da expulsão da placenta, levando a hemorragias e até a necessidade de procedimentos cirúrgicos.
Nesses casos, o acretismo placentário é tratado através de uma cirurgia cesariana, realizada entre 34 e 36 semanas de gestação, para diminuir os riscos mais graves dessa condição.
Em outros casos, as pacientes podem ser submetidas a um monitoramento rigoroso da gestação, evitando intervenções cirúrgicas de acordo com a gravidade da condição.
Saiba mais: Placenta: o que é, funções e possíveis alterações
Quais as classificações?
O acretismo placentário pode ser classificado de acordo com o grau de aderência da placenta ao tecido uterino, sendo eles:
- Placenta acreta: quando a placenta adere à camada muscular do útero (miométrio), mas não a invade.
- Placenta increta: quando a placenta penetra profundamente no miométrio, mas ainda não ultrapassa a camada uterina.
- Placenta percreta: quando a placenta invade o miométrio e pode chegar a órgãos próximos, como a bexiga.
O diagnóstico dessas condições pode ser feito pela ultrassonografia, identificando precocemente o acretismo placentário, para minimizar as possíveis complicações durante a gestação e o parto.
Placenta Prévia x Acretismo
Além do acretismo em suas diversas classificações, outra anormalidade placentária que precisamos destacar aqui é a placenta prévia, que ocorre quando a placenta se posiciona sobre o colo do útero.
Com a placenta cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino, a condição da placenta prévia pode causar hemorragia durante a gestação e complicações no parto, exigindo um monitoramento cuidadoso, repouso da gestante e, em alguns casos, a cesariana programada.
Saiba mais: Placenta prévia: o que é? Como é feito o tratamento?
Sintomas do acretismo placentário
O acretismo pode apresentar sintomas diversos e sutis, às vezes com um sangramento mínimo que torna a tarefa do diagnóstico mais complicada.
Na maioria dos casos, o acretismo é identificado quando a placenta não é liberada dentro do tempo de 30 minutos após o parto, apontando para uma possível retenção placentária.
Nesses casos, a tentativa manual de separação da placenta pode gerar sangramento abundante, alertando a equipe médica.
O diagnóstico por imagem, pela ultrassonografia ou ressonância magnética, indica precisamente a condição da placenta, auxiliando os profissionais quanto à intervenção mais adequada para cada caso.
Como é feito o diagnóstico?
Como citamos anteriormente, a ultrassonografia e a ressonância magnética são as melhores formas de realizar um diagnóstico precoce da condição de acretismo placentário.
Por um lado, a ultrassonografia permite visualizar anormalidades na inserção da placenta, como a presença de vasos sanguíneos anômalos ou a invasão da placenta nas camadas uterinas.
Por outro lado, a ressonância magnética garante uma avaliação mais detalhada, confirmando a gravidade da condição e a distinção entre os tipos de acretismo.
Ambas as formas de diagnóstico são essenciais para a gestante e o feto, permitindo antecipar o tratamento da condição de acretismo, direcionando as mães para ambientes especializados, garantindo um parto seguro que vai minimizar os riscos existentes.
Para mulheres que desejam engravidar novamente após um diagnóstico de acretismo placentário, é essencial a realização do exame de videohisteroscopia diagnóstica. Esse exame avalia a cavidade uterina, identifica possíveis cicatrizes e garante que o útero esteja em condições ideais para uma nova gestação.
Leia também: 8 semanas de gravidez: quais são as mudanças no corpo da gestante?
Tratamento para acretismo placentário
As principais formas de tratar o acretismo placentário são as cirurgias.
Em casos mais severos, quando a placenta invade profundamente o útero, os profissionais trabalham com a histerectomia total. Por outro lado, em casos menos graves, o útero é preservado, optando pela remoção apenas da placenta e acompanhamento da cicatrização.
Além das operações, o tratamento de casos mais leves pode incluir também o uso de medicamentos como o metotrexato, para estimular a reabsorção da placenta.
Em todos os casos, os profissionais realizam um acompanhamento pós-operatório muito cuidadoso, buscando identificar e evitar complicações como hemorragias, infecções e lesões de outros órgãos.
Principais complicações do acretismo placentário
Entre as principais complicações causadas pelo acretismo placentário, temos como uma das mais comuns as hemorragias.
Sangramentos significativos podem acontecer quando a placenta está anormalmente aderida ao útero, dificultando a sua remoção. Esses casos de hemorragia podem envolver cirurgias mais complexas, como a remoção do útero em situações mais extremas, visando preservar a vida da gestante.
Em outros cenários, dependendo da profundidade da adesão da placenta, outras complicações podem surgir como o dano a órgãos adjacentes como a bexiga, aumentando o tempo de recuperação da gestante no pós-parto.
As dicas não substituem a necessidade de uma consulta médica. Não deixe de consultar um profissional da saúde para obter orientações individualizadas.
Conclusão
Neste texto conhecemos um pouco mais sobre o acretismo placentário e as complicações que essa condição pode trazer para a gestante em suas diversas classificações.
Vimos que o acretismo placentário acontece quando a placenta invade o tecido uterino de forma excessiva, podendo afetar outros órgãos próximos, levando a complicações como as hemorragias, durante a expulsão da placenta.
O tratamento dessa condição, a depender do seu nível de gravidade, pode trazer a necessidade de procedimentos cirúrgicos, desde cirurgias cesarianas até a histerectomia, em cenários de maior gravidade.
Classificado em três níveis, o acretismo placentário pode se caracterizar como: placenta acreta, placenta increta ou placenta percreta, variando o grau de aderência da placenta ao tecido uterino.
Além dessas classificações, vimos também outra anormalidade placentária chamada de placenta prévia, quando a placenta se posiciona sobre o colo do útero.
Para todos esses cenários, as principais formas de tratar o acretismo placentário são as cirurgias, visando sempre o bem-estar da gestante e a preservação da sua saúde.
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