mulher grávida vestindo roupas de hospital

Episiotomia: entenda o que é esse procedimento e em quais situações pode ser recomendado

Gravidez
Artigo
Set 6, 2023
5mins

Saiba mais sobre a episiotomia, como é feito o procedimento, em quais situações é recomendado e conheça os cuidados necessários. Acesse e leia mais!

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Revisado pela equipe científica da Nestlé

A equipe científica da Nestlé é formada por nutricionistas especializados em nutrição materno-infantil, com sólida formação técnica e anos de experiência em prática clínica.

Introdução

Muitas mulheres têm insegurança quando o assunto é o momento do parto, pois é um momento que pode envolver procedimentos até então desconhecidos. Um deles é a episiotomia, um procedimento médico que pode ocorrer durante o parto vaginal.

Para nos auxiliar a compreender melhor esse tema, tivemos o privilégio de contar com a colaboração da Dra. Danielle Miyamoto, CRM: 156030-SP, ginecologista e obstetra, que compartilhou suas orientações e conhecimentos sobre o assunto.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a episiotomia, os tipos existentes, em quais situações é necessário realizá-la, bem como suas possíveis consequências. Além disso, discutiremos sobre o período de cicatrização dos pontos após o procedimento e quais sinais de alerta devemos estar atentos no pós-parto.

Então, vamos lá entender um pouco mais sobre esse assunto? Boa leitura!

 

O que é episiotomia?

De acordo com a Dra. Danielle Miyamoto, “a episiotomia é o corte realizado pelo médico ou enfermeira obstetra no períneo (região entre a vagina e o ânus) da mulher durante o nascimento do bebê no parto normal”.

Originalmente adotada para ampliar o canal de saída do bebê e facilitar o parto, a prática tornou-se comum em meados da década de 40, quando os partos migraram para o ambiente hospitalar. No entanto, atualmente, sabe-se que os riscos causados pela episiotomia superam seus benefícios.

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Quais são os tipos de episiotomia?

Existem diferentes técnicas cirúrgicas para realizar a episiotomia durante o parto vaginal. As duas mais comuns são a mediana e a mediolateral.

Conforme a Dra. Danielle Miyamoto, na “[...] episiotomia mediana o corte é realizado no períneo na linha média, em direção ao ânus”.

Na técnica mediolateral, a incisão é feita a partir do ponto de encontro entre os lábios vaginais e é direcionada para o lado direito, formando um ângulo entre 45 e 60 graus. Essa técnica é a mais usada quando a episiotomia é indicada, pois resulta menor número de lesões quando comparada à técnica mediana. No entanto, garantir a precisão do ângulo durante o parto do bebê pode ser desafiador.

 

Quando é necessário fazer a episiotomia?

A episiotomia é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado com cautela e apenas em situações específicas durante o parto vaginal. Segundo a Dra. Danielle Miyamoto, a episiotomia é aconselhada quando:

  • há sofrimento fetal, ou seja, complicações que afetam o bebê durante o trabalho de parto;
  • o progresso do parto é insuficiente, dificultando a saída do bebê;

É importante que o procedimento seja feito apenas em casos de real necessidade, garantindo o bem-estar e a saúde da mãe e do bebê.

 

Quais são as consequências da episiotomia?

Em conversa com a ginecologista, Dra. Danielle Miyamoto, ela afirmou que a episiotomia, quando realizada de forma inadequada ou desnecessária, pode acarretar diversas consequências negativas para a mulher. A falta de consentimento para a realização do procedimento pode resultar em um corte mal feito, dificultando a cicatrização, e causando dor e desconforto.

Além disso, algumas mulheres relatam problemas de incontinência fecal ou de gases devido a danos causados pelo corte. Durante o período de recuperação, a episiotomia pode aumentar a dor no períneo e levar à formação de fibrose local, o que pode resultar em dores crônicas após a cicatrização.

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Quanto tempo demora para cicatrizar esses pontos?

O tempo necessário para a cicatrização dos pontos da episiotomia pode variar de mulher para mulher, no entanto “[...], na maioria das vezes, leva em média de 15 a 20 dias. Mas recomenda-se o repouso e resguardo por 30 a 40 dias, pois o atrito local pode levar à abertura dos pontos”, orienta a Dra. Danielle.

Além disso, a fisioterapia especializada na saúde da mulher pode utilizar técnicas manuais, exercícios e dispositivos para fortalecer e alongar a musculatura pélvica, auxiliando na recuperação das fibras musculares e diminuindo o desconforto e a dor associados à episiotomia. É importante que os exercícios sejam orientados por um fisioterapeuta especializado para garantir a eficácia e segurança do tratamento.

 

No pós-parto, há algum sinal de alerta em relação à episiotomia?

No pós-parto, é essencial ter cuidado com a episiotomia e observar qualquer sinal que possa requerer atenção médica. A Dra. Danielle Miyamoto alerta para os sintomas, como:

  • dor persistente que não melhora com uso de analgésico;
  • inflamação no corte da episiotomia com saída de pus;
  • abertura dos pontos;

Nesses casos, é recomendado consultar um ginecologista ou procurar atendimento médico mais próximo para avaliação adequada.

 

Conclusão

Até aqui entendemos que a episiotomia é um procedimento realizado no períneo da mulher durante o parto para ampliar o canal de saída do bebê. Discutimos os diferentes tipos de episiotomia, com destaque para a indicação da técnica mediolateral.

Além disso, enfatizamos que a episiotomia deve ser realizada apenas em situações específicas, conforme as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). Também exploramos as possíveis consequências da episiotomia, como a cicatrização difícil e a dor crônica.

É essencial que cada mulher seja informada sobre a episiotomia, seus riscos e benefícios, para que possa tomar a decisão de forma consciente, além de contar com um parto mais seguro.

É importante sempre consultar o médico obstetra para receber orientações adequadas. Para mais informações e suporte sobre gestação e cuidados com o bebê, acesse Nestlé Baby&Me.

Dra. Danielle Miyamoto
Dra. Danielle Miyamoto
Ginecologista e Obstetra
  • Graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 2012
  • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela UNICAMP – CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), em 2016
  • Residência Médica em Mastologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 2018
  • Mestrado em Ciências da Saúde, na área de Oncologia Mamária pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas - Campinas/SP, em 2020
  • Curso de Exames de Imagem da Mama: Extecamp - Unicamp, em 2019
  • Doutorado em Ciências da Saúde, na área de Oncologia Mamária pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas - Campinas/SP, em andamento
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