Aborto espontâneo: o que faz perder o bebê no início da gravidez
De acordo com um estudo publicado na revista médica The Lancet, cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano – isso representa 15% do total ou 44 abortos a cada minuto.
Entre os principais fatores de risco associados ao aborto espontâneo estão o aumento da idade para homens e mulheres e um índice de massa corporal muito baixo ou alto e alguns hábitos como o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas. Estresse persistente, turnos noturnos de trabalho e exposição à poluição do ar e a pesticidas também foram associados entre outras causas do aborto espontâneo.
O que é o aborto espontâneo?
Entende-se como aborto espontâneo uma interrupção involuntária de uma gravidez que acontece antes da 20ª semana de gestação (por volta do quinto mês). Embora seja relativamente comum, o aborto espontâneo é uma condição capaz de causar bastante tristeza e dor emocional para pacientes.
“Para muitos casais, esse bebê já existe há muito mais tempo, no desejo, no sonho. Assim também, a experiência da perda gestacional será vivida singularmente e deve ser respeitada por todos os profissionais envolvidos e familiares. É necessário acolher a família, respeitando seu tempo de luto, seu entendimento sobre tudo que está acontecendo”, disse a psicóloga Karla Cerávolo em entrevista ao Nestlé Baby&Me. “Os impactos psicológicos comuns nesses casos são baixa autoestima, alteração de sono e do apetite, pesadelos, desequilíbrio familiar, perda de sentido da vida e depressão, podendo até mesmo ter pensamentos e tentativas suicidas”, completou.
Também conversa com o Nestlé Baby&Me, a ginecologista Helena Cossich alertou que mesmo com a impressão de que os cuidados devem ser mais especiais no primeiro trimestre – justamente em função da taxa de abortamento espontâneo – na verdade, eles precisam se manter redobrados até o fim da gravidez.
Quais são os sintomas do aborto espontâneo?
Geralmente, o aborto espontâneo vem acompanhado de alguns sintomas. Entre eles, estão dores abdominais e um pequeno sangramento que pode até ser confundido com a menstruação.
Além desses sinais, também são relatadas dores nas costas, na pélvis e na vagina. De todo modo, é importante ressaltar que cada corpo e organismo reage de formas diferentes. Há casos, inclusive, que mulher pode sofrer um aborto sem saber que estava grávida. Por isso, o acompanhamento médico contínuo é essencial para a saúde.
O aborto espontâneo pode acontecer mais de uma vez
O estudo ‘Atenção Humana ao Abortamento’, publicado na biblioteca virtual do Ministério da Saúde, menciona que o risco de haver um novo aborto espontâneo é maior entre as mulheres que já tiveram um histórico de abortamento. “Nos casos de aborto espontâneo de repetição, as mulheres precisam proteger-se de nova gravidez até serem encaminhadas a um serviço especializado, que as ajude no diagnóstico e tratamento de seu problema”, diz o documento.
Saiba mais sobre os cuidados durante a gestação
O Nestlé Baby&Me contém uma série de conteúdos voltados aos cuidados gestacionais. Os artigos abordam dicas e orientações dos profissionais da área da saúde. Acesse já e saiba como ter uma gestação saudável.
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