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Método Ramzi: entenda como saber o sexo do bebê

Como saber se é menina ou menino? Conheça o Método Ramzi, técnica que propõe identificar o sexo do bebê no primeiro ultrassom, pela localização da placenta.

7mins para ler Maio 12, 2023

A gravidez foi descoberta, o bebê está crescendo e a família está ansiosa para saber se será menina ou menino. Existem diversas formas para descobrir o sexo do bebê, seja por exames de imagens ou de sangue. 

Recentemente, surgiram em grupos, fóruns e nas redes sociais de gestantes, muitas dúvidas a respeito de uma técnica chamada Método Ramzi. Hoje, vamos te contar o que é o método, como ele surgiu, como funciona, e tirar as principais dúvidas sobre esta teoria.

Boa leitura! 

O que é o Método Ramzi?

O estudo que divulgou o Método Ramzi diz que é possível prever o sexo do bebê entre 6 e 8 semanas de gestação, usando imagens de ultrassonografia endovaginal, transvaginal ou abdominal.

Porém, segundo o autor, esta possibilidade existe apenas se o protocolo específico do estudo for seguido à risca pelo profissional que irá realizar o exame. 

O objetivo do Método Ramzi é verificar em qual lado do útero está alocada a placenta. Na teoria, o método apresentou um pouco mais de 97% de eficácia.

A origem da técnica

Em 2011, o Doutor em Administração de Saúde Pública e Mestre em Ultrassonografias, Saad Ramzi Ismail, publicou um artigo descrevendo seu estudo realizado entre 1997 e 2007. 

5.376 gestantes fizeram ultrassonografias na 6ª semana de gestação e o exame foi repetido próximo a 20ª semana.

A conclusão do estudo foi que em 97,2% dos bebês de sexo masculino, a placenta estava do lado direito do útero. E em 97,5% dos bebês de sexo feminino, a placenta estava do lado esquerdo do útero.

A intenção de Ramzi era entender se havia a possibilidade de descobrir o sexo do bebê, já a partir das primeiras semanas de gestação, por meio da análise de imagens de ultrassonografia.

Em recente entrevista, o cientista esclareceu que o objetivo maior era conseguir definir o sexo do bebê antes da formação completa da genitália, para identificar precocemente alterações genéticas, como a Síndrome de Klinefelter.

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Nela, bebês do sexo masculino também apresentam dois ou mais cromossomos do sexo feminino e, quanto mais rápida a identificação da síndrome, maiores as chances de sucesso no tratamento, e, consequentemente, no aumento da qualidade de vida da criança após o nascimento, especialmente na puberdade.

Método Ramzi Funciona?

O próprio autor do estudo esclareceu em uma entrevista que, embora a pesquisa tenha sido realizada seguindo parâmetros científicos, ainda não pode ser considerada como, de fato, uma pesquisa científica válida. Isso porque não existem outros estudos ou avaliações de demais pesquisadores e cientistas que validem a teoria.

Por enquanto, o Método Ramzi não foi confirmado em nenhum outro estudo complementar e, por isso, não é reconhecido por médicos obstetras e pediatras como um método válido para determinar o sexo do bebê.

É importante lembrar que o autor do estudo não é médico, e sim, possui Doutorado em Administração de Saúde Pública e Mestrado em Ultrassonografias. Ele também afirmou na entrevista que não considera ético determinar o sexo do bebê com tão pouco tempo de vida.

Como saber o sexo do bebê usando o Método Ramzi?

Foto de bebê engatinhando

É possível fazer o método Ramzi entre 6 e 8 semanas de gravidez e, desta técnica, tentar descobrir o sexo do bebê no primeiro ou segundo ultrassom. 

O primeiro passo é fazer uma ultrassonografia e ter acesso às fotos ou gravações e, então, é preciso interpretar e compreender o que é cada parte das imagens.

  • Saco Gestacional: geralmente, a primeira estrutura percebida no ultrassom como uma linha fina e esbranquiçada. Tem a função de proteger.
  • Líquido Amniótico: a parte dentro do saco gestacional que é mais escura, ocupa grande parte da imagem.
  • Vesícula Vitelina: tem a aparência de um pequeno balão. Dá suporte até que a placenta consiga fornecer os nutrientes e gases necessários ao bebê. 
  • Placenta: fonte de nutrientes e oxigênio que acompanhará o bebê até o parto. Aparece colada às paredes do útero, em tom mais claro e brilhante que o saco gestacional.
  • Embrião: pode ser visto na ultrassonografia a partir da 6ª semana de gravidez, nesta fase, é o menor círculo na imagem. 

1. Identifique e encontre o saco gestacional

O saco gestacional é uma membrana fina que envolve o líquido amniótico, o embrião e outras estruturas durante a gravidez. É responsável por auxiliar na geração da placenta e da bolsa amniótica, e por proteger o bebê durante a gravidez. 

No ultrassom, é a parte clara que define o formato redondo que vemos e onde o bebê irá crescer. 

2. Descubra a posição da vesícula vitelina ou da placenta 

A próxima etapa é localizar a vesícula vitelina ou a placenta nas imagens.  

Até a 6ª semana de gravidez, é possível que a placenta não tenha se desenvolvido a ponto de estar visível e, neste caso, você deverá localizar a vesícula vitelina, que se parece com um mini balão.

Quando você observa o ultrassom, provavelmente, a estrutura que você vê primeiro é o saco gestacional, cheio de líquido amniótico (parte preta da imagem).

A placenta pode ser encontrada ao redor do saco gestacional, em algum dos lados. Ela fica bem juntinha a ele, quase colada, e tem uma cor clara e mais brilhante que as outras partes.

Lembre-se: nem sempre o embrião e a placenta estarão juntos! Busque os dois separadamente na imagem, assim você tem como saber em qual lado está o bebê e em qual lado está a placenta.

Depois de localizar, vamos ao que realmente interessa!

  • Se a placenta estiver à direita: 97% de chances de ser menino!

  • Se a placenta estiver à esquerda: 97% de chances de ser menina!

Importante: A visão de lado esquerdo ou direito descrita acima, é a visão de quem está olhando para a imagem (à sua direita ou à sua esquerda), e diz respeito a qual lado do útero a placenta está. 

Alguns exames apresentam imagem espelhada, o que pode prejudicar no sucesso do Método Ramzi. A dica aqui é perguntar para o profissional que vai realizar o exame se a imagem final será espelhada ou não. Se não estiver espelhada, então é válida a regra acima. 

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Não consegui identificar, e agora?

Sem problemas, nem tudo está perdido! Quando for consultar o obstetra, leve as imagens e peça para que ele explique e mostre o que representa cada parte do exame. 

Caso o seu próximo ultrassom esteja perto, peça para o profissional que for realizar o exame, mostrar em qual lado do útero está a placenta.

O método funciona para gêmeos?

A verdade é que, cientificamente falando, este método é bastante recente, e ainda não existem outros estudos publicados sobre a aplicação da técnica em bebês gêmeos.

Mas, levando em conta que serão dois bebês, então as chances de acertar são menores. Geralmente, a gestação de gêmeos resulta em duas placentas e, neste caso, vai ser preciso analisar como cada uma delas está posicionada.

Conclusão

Foto de mulher grávida segurando foto de ultrassom

O Método Ramzi faz sucesso, com certeza. Isso porque é uma forma mais rápida de tentar descobrir a identidade do bebê.

Mas é um tanto controverso, porque não é reconhecido pela comunidade científica como um método validado. E, de fato, não existem ainda outros estudos publicados que apresentem dados para que a técnica seja reconhecida. 

Basicamente, significa que não há evidências científicas suficientes para dizer se é confiável.

Pode ser uma brincadeira gostosa tentar adivinhar o sexo do bebê, porém não é recomendado que papais e mamães se baseiem somente neste método para ter a resposta definitiva. Às vezes, a revelação do sexo do bebê pode levar mais tempo do que se espera. 

Sabemos que a espera por um bebê é uma experiência muito intensa e emocionante. Expectativas para descobrir o sexo do bebê são criadas, pois assim fica mais fácil imaginar ele ou ela nos seus braços, não é mesmo?

Mas também sabemos que, sendo menino ou menina, no final das contas, a saúde, o amor e o bem-estar é o que realmente importa.

Lembre-se: este é um artigo com informações que não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o seu médico para obter orientações individualizadas.

Referências

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