Exercendo a parentalidade positiva, pai abraça filho, dentro de casa.

O que é parentalidade? Estamos fazendo do jeito certo?

Escolar
Artigo
Maio 8, 2025
8mins

A parentalidade está relacionada à criança, e aqui pouco importa a configuração de família. Confira os estilos parentais segundo a psicologia.

 

Introdução

O termo parentalidade vem sendo cada vez mais utilizado para abordar as relações entre crianças e os adultos responsáveis por ela. Você já pensou no porquê disso?

O assunto é um tanto teórico, mas é interessante para entender mais nossos papéis enquanto mães, pais ou cuidadores e a grandiosidade que isso representa. Afinal, somos responsáveis pela nova geração de pessoas que vão habitar o planeta.

O que é parentalidade: para além de mães e pais biológicos

Em alguns dicionários, o termo é definido como “qualidade do que é parental; estado ou condição de quem é pai ou mãe”. Mas a parentalidade engloba mais do que a maternidade ou a paternidade biológica.

Além de incluir os dois progenitores (e não focar mais exclusivamente em questões e funções da mãe ou do pai), o termo abarca também novas configurações de família.

Famílias constituídas através de processos de adoção, bem como famílias com casais homossexuais, com filhos concebidos por diferentes métodos, são abraçadas pelo termo parentalidade.

A parentalidade acontece apenas em função da criança pela qual somos responsáveis. As configurações conjugais, se solteiro, casado, divorciado, hétero ou homossexual não importam aqui. A parentalidade pode ainda ser exercida por outros adultos da família, como avós ou padrinhos, mas não deve ser confundida com rede de apoio.

Ela refere-se aos direitos, deveres e obrigações da função parental, que é garantir a sobrevivência e o amplo desenvolvimento da criança.

Parentalidade positiva: você já ouviu falar? É uma ideologia baseada no respeito mútuo entre pais e filhos!Guiada pela empatia e escuta ativa, a educação é focada nos interesses das crianças e abandona a velha filosofia da ordem e comando.A parentalidade positiva agrega premissas da inteligência emocional desde cedo aos pequenos 😊

Importância da parentalidade no desenvolvimento da criança

A presença saudável de pais e mães no desenvolvimento da criança são muito benéficas para o seu crescimento e evolução das suas capacidades emocionais e sociais como um todo, preparando ela para compreender melhor as suas relações ao longo da vida e a própria forma de comunicar seus sentimentos e emoções durante a sua trajetória de crescimento.

Esse apoio desempenha um papel essencial em diversas áreas do desenvolvimento da criança, até possibilitando que ela absorva aprendizados de uma forma mais fácil e compreensível, uma vez que ela tem um ambiente seguro para expressar suas frustrações e vontades, bem como aceitar suas dificuldades e superar desafios com mais autonomia.

Tipos de parentalidade

A responsabilidade de preservar a vida de uma criança, garantir seu desenvolvimento e adequação à sociedade pode transformar qualquer adulto.

A parentalidade também pode trazer à tona várias questões psicológicas vindas da nossa própria criação.

Apesar dos ditos populares de que “mãe é tudo igual”, sabemos que as formas de viver a parentalidade não são todas iguais.

O que é parentalidade na psicologia?

A psicologia costuma classificar os estilos parentais em quatro padrões:

  • Parentalidade autoritária: muitas regras e cobrança por obediência. Nesses casos é comum a desvalorização da fala da criança ou adolescente e o uso de punições.
  • Parentalidade democrática ou autoritativa: padrão em que há regras e controle, mas de forma mais flexível. Baseia-se em conversas e justificativas num viés democrático, reconhecendo também o ponto de vista das crianças, mas fazendo prevalecer a opinião do adulto em casos de divergência.
  • Parentalidade permissiva: quando os adultos fazem poucas exigências, permitem que seus filhos expressem livremente seus sentimentos e impulsos, mas raramente exercem controle firme sobre seus comportamentos.
  • Parentalidade negligente: não há regras nem exigências, mas também não há escuta real sobre os interesses da criança; apenas as necessidades vitais básicas são atendidas.

Baseado no estudo: Identificação de Estilos Parentais: O Ponto de Vista dos Pais e dos Filhos

Parentalidade: será que estou exercendo do jeito certo?

Será que existe alguma mãe, pai ou responsável que nunca se fez essa pergunta? Ou ainda: existe jeito certo de exercer a parentalidade?

Os estudos na área da psicologia demonstram que as crianças educadas no estilo democrático de parentalidade apresentam melhores notas na escola e maior inteligência emocional na adolescência e na vida adulta. Os demais perfis aparecem associados a maior descontrole, agressividade, baixo desempenho escolar e vícios.

Mas, calma, dificilmente alguém se enquadra exclusivamente em um estilo ou outro. Somos seres complexos demais para caber em apenas quatro caixinhas, não é mesmo?

Quais são as práticas de parentalidade?

Se você ainda quer conferir se está seguindo as melhore práticas de parentalidade do tipo democrática, reunimos em alguns tópicos:

  • Se envolver na educação, conversando com as pessoas envolvidas (familiares, professores etc.).
  • Responder às necessidades que a criança tem de atenção, incentivo, auxílio, diálogo e diversão (responsividade).
  • Supervisionar e monitorar os comportamentos do filho, exigindo a obediência de regras e limites e o cumprimento de deveres.
  • Incentivar a autonomia e auto afirmação dos filhos, respeitando suas opiniões.
  • Explicar, na medida do possível, os motivos de divergência e prevalência da opinião dos responsáveis.

Eventualmente deslizamos para uma prática menos positiva, como gritar ou ameaçar em momentos de raiva; ou fingir que não viu um comportamento inadequado no meio do cansaço. Isso ainda não é suficiente para nos definir, nem determinar como serão nossos filhos como adultos.

Nem tudo depende da gente. Tentamos sempre fazer nosso melhor, mas estamos todos em fase de crescimento, lembram? 

Com teorias recentes sobre criação de filhos, se vê um movimento de cada vez mais mães, pais e responsáveis em geral olhando com cuidado para a educação que vão dar para os filhos. E isso é ótimo!

Alguns temas que integram essas teorias são: parentalidade positiva, parentalidade consciente, slow parenting, criação neurocompatível e com apego.

Ter consciência do estilo de criação que tivemos e de como exercemos nossa própria parentalidade já é um primeiro passo importante.

Se você ainda tem dúvidas sobre que tipo de parentalidade é a sua, tente observar como você lida com a rotina diária na maioria das vezes. Ou, se a sua criança já tem mais de 6 anos, experimente perguntar como ela te vê. Você pode se surpreender!

Parentalidade Positiva

Destacando valores de compreensão, empatia e atenção, a parentalidade positiva é uma abordagem que se concentra em desenvolver uma relação saudável dos pais com os filhos, através do desenvolvimento de habilidades socioemocionais que valorizam a colaboração e não a punição.

Construir vínculos afetivos entre pais e filhos é essencial para o desenvolvimento da criança para as relações interpessoais que ela vai ter ao longo da sua vida, por isso essa abordagem é muito benéfica para a criança compreender valores de tempo de qualidade, escuta e apoio emocional.

Dicas para praticar a parentalidade positiva

  1. Rotina consistente: tornar a criança consciente de suas responsabilidades com horários determinados facilita a compreensão dela dos seus deveres e alinha as expectativas dos pais com os filhos.
  2. Comunicação: manter um diálogo aberto, honesto e que estimule a criança a adotar hábitos saudáveis e seguir orientações é saudável para a compreensão dela do respeito para com os outros.
  3. Limites: a criança precisa entender o valor das regras, de seus limites e dos limites dos outros, por isso mantenha esses conceitos próximos da criança para que ela desenvolva essas noções com mais facilidade ao longo da vida.
  4. Autocontrole: antes de ensinar o controle das próprias emoções e sentimentos às crianças, é importante que os pais exercitem essa capacidade, sendo pacientes com o processo de cada criança e respeitando o seu tempo de aprendizado.
  5. Relacionamento próximo: uma criança que não vê os pais presentes na sua vida vai ter mais dificuldade em manter relacionamentos saudáveis em sua vida, por isso invista seu tempo para viver momentos de qualidade com os filhos sempre que possível.

Desenvolvimento holístico da criança

Através de uma parentalidade saudável as crianças conseguem despertar o seu desenvolvimento holístico, que envolve a evolução em todas as áreas do seu crescimento: físico, cognitivo, emocional e social.

O desenvolvimento de habilidades socioemocionais na criança desde cedo facilita a sua evolução por completo, estimulando ela a se envolver em atividades que beneficiam o seu crescimento por completo, trabalhando capacidades diversas da criança de forma natural e saudável.

O que priorizar e o que evitar na parentalidade

As prioridades de uma parentalidade saudável, devem focar em questões que envolvem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais da criança, através de estímulos que partem de uma comunicação aberta, da criação de um ambiente positivo, estabelecimento de acordos com a criança e apoio e compreensão do seu tempo de desenvolvimento e das questões que aparecerem durante o seu processo de crescimento.

Por outro lado, práticas de punição e castigo devem ser evitadas por serem prejudiciais ao desenvolvimento da criança, levando à frustração, irritabilidade e desobediência por parte da criança.

Trabalhe sempre com paciência que os resultados colhidos serão positivos tanto para os pais como para os filhos.

Filmes que mostram desafios da parentalidade

Uma forma interessante de entender a criação dos filhos e os dilemas de mães e pais é ver essas situações retratadas no cinema. Preparamos uma lista de filmes que apresentam diferentes visões de parentalidade. Prepare a pipoca, reúna a família e aprenda mais sobre o assunto:

Capitão Fantástico - Viggo Mortensen interpreta o “capitão” de uma família diferente, criando os seis filhos no meio do mato, com uma formação alternativa e negando o modo de vida consumista. Quando eles precisam retornar à civilização, as escolhas dos pais são postas à prova e os ensinamentos dados aos filhos farão toda a diferença.

Paternidade - Estrelando o comediante Kevin Hart, o filme conta a história de Matt, que se vê viúvo de um dia para o outro e cuidando sozinho da filha recém-nascida. Buscando superar as dificuldades, o pai solo aprende a lidar com a rotina da paternidade e suas próprias inseguranças, enquanto acompanhamos a vida da família em diferentes fases da infância da criança.

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