
Colesterol alto em crianças: quando se preocupar?
Saiba tudo sobre o colesterol alto em crianças, um problema de saúde cada vez mais comum na atualidade, descobrindo como garantir o desenvolvimento saudável das crianças.
Sabia que o colesterol alto em crianças é um tema que precisa da nossa atenção hoje? Pois é! Apesar de parecer um problema “de adulto”, os pequenos também podem ter alterações nos níveis de colesterol — e isso tem se tornado cada vez mais comum.
A rotina corrida, o excesso de alimentos industrializados e até fatores genéticos, como a hipercolesterolemia familiar, uma “herança” que vem da família, estão por trás desse cenário.
Neste artigo, vamos desvendar tudo sobre o assunto: desde as causas, como obesidade e alimentação cheia de fast foods, até os sintomas silenciosos que muitas vezes passam despercebidos.
Também trouxemos dicas práticas para transformar a rotina da família, como incluir mais fibras no prato, reduzir gorduras saturadas e até ideias de atividades físicas que todo mundo vai adorar. Vamos juntos cuidar da saúde dos pequenos — porque prevenir sempre é o melhor caminho!
Boa leitura!
Colesterol alto em crianças
Você já parou para pensar que aqueles alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras que o seu filho adora podem estar impactando a saúde dele a longo prazo? Pois é!
O colesterol alto em crianças não é um bicho de sete cabeças, mas precisa ser levado a sério — e quanto antes a gente entender o que está por trás desse problema, mais fácil fica cuidar direitinho.
Aqui, a gente vai te contar por que os hábitos de hoje podem influenciar os níveis de colesterol dos pequenos. Mas não é só a alimentação: fatores genéticos, como a hipercolesterolemia familiar, também entram na jogada e exigem atenção redobrada.
O grande desafio? Muitas vezes, não há sintomas claros — por isso, exames de sangue periódicos são tão importantes para pegar qualquer alteração no início.
Colesterol bom x colesterol ruim em crianças
O colesterol é um tema que preocupa bastante quando falamos da saúde das crianças, e entender a diferença entre o colesterol bom e o ruim é essencial para cuidar bem dos pequenos.
Colesterol ruim (LDL) é aquele que pode causar problemas porque tende a se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos, formando placas que dificultam a passagem do sangue. Esse processo pode começar ainda na infância e, com o tempo, aumentar o risco de doenças graves como infarto e AVC. O LDL é chamado de "ruim" justamente porque esse acúmulo pode prejudicar o coração e a circulação.
Já o colesterol bom (HDL) tem a função contrária: ele ajuda a limpar essas placas de gordura dos vasos, levando o colesterol ruim de volta para o fígado, onde é eliminado. Além disso, o HDL é importante para a formação das membranas das células e hormônios sexuais. Ter um nível adequado de colesterol bom é fundamental para proteger o corpo contra os danos causados pelo colesterol ruim.
Por que o colesterol de uma criança fica alto?
Vamos desvendar esse mistério! O colesterol alto nos pequenos pode surgir por dois grandes motivos: hábitos do dia a dia ou herança genética.
Alimentação e sedentarismo
Aquele combo de alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras, junto com horas no sofá de tablet na mão, é um prato cheio para o colesterol subir. O excesso de gorduras saturadas (presentes em frituras) e a falta de fibras (frutas, verduras) desequilibram as taxas, aumentando o LDL (o colesterol "ruim").
Genética
Aqui entra a hipercolesterolemia familiar — quando o colesterol alto "vem de família". Nesses casos, mesmo com alimentação balanceada, o LDL pode ficar elevado desde cedo, exigindo acompanhamento médico e, às vezes, medicamentos.
Outros fatores
Doenças como diabetes ou hipotireoidismo também podem bagunçar as taxas. E olha só: até crianças magrinhas podem ter colesterol alto! Por isso, exames de sangue periódicos são essenciais, especialmente se houver casos de infarto precoce na família.
Sintomas mais comuns do colesterol alto em crianças
Colesterol alto em crianças geralmente não dá sinais claros — é um problema que age de fininho! Na maioria dos casos, os pequenos não sentem cansaço, dor ou qualquer incômodo que chame atenção. Mas calma, isso não significa que devemos relaxar!
Quando os sintomas aparecem?
Só em casos extremos ou genéticos (como a hipercolesterolemia familiar) é que podem surgir sintomas como:
- Bolinhas de gordura nas pálpebras, mãos ou cotovelos (os famosos xantomas);
- Anel branco ou acinzentado ao redor da íris dos olhos (chamado de arco senil);
- Inchaço na barriga sem motivo aparente (quando os triglicerídeos estão altíssimos).
Mas atenção: esses sinais são raros e costumam aparecer só quando os níveis estão nas alturas — por isso, o jeito mais seguro de descobrir é com exame de sangue. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a primeira dosagem de “rotina” entre 9 e 11 anos, mas crianças com histórico familiar de colesterol alto ou obesidade podem precisar de check-ups antes, ou seja, para crianças com idade inferior que apresentam fatores de risco o médico pediatra pode solicitar esse exame antes.
Importância do diagnóstico precoce
Imagine descobrir um problema de saúde antes que ele vire uma bola de neve? É exatamente isso que o diagnóstico precoce do colesterol alto faz!
Nas crianças, identificar o colesterol elevado cedo é como encontrar um "atalho" para evitar complicações futuras. Por quê? Porque artérias entupidas ou placas de gordura não se formam do dia para a noite — é um processo que começa na infância e pode levar a infartos ou derrames lá na frente. E o pior: como os sintomas são silenciosos, só os exames de sangue revelam o risco.
Por que não dá para esperar?
- Hipercolesterolemia familiar (aquela genética) exige tratamento desde cedo para proteger o coração;
- Hábitos alimentares desequilibrados podem ser corrigidos antes de virar um vício;
- Doenças associadas, como diabetes, podem ser detectadas junto.
A primeira dosagem de colesterol entre 9 e 11 anos (ou antes, se houver histórico familiar) é a chave para agir a tempo. E não se preocupe: se o resultado estiver alterado, dá para reverter com mudanças simples na rotina e, se necessário, medicamentos.
Quando o colesterol infantil é preocupante?

Nem todo colesterol alto em crianças é igual! Os números que aparecem no exame de sangue são a chave para entender quando é hora de ligar o alerta.
Valores de referência para o perfil lipídico (mg/dL) em indivíduos >20 anos, “em jejum” e “sem jejum”:
Lipídeos | Em jejum (mg/dL) | Sem jejum (mg/dL) | Categoria referencial |
Colesterol total | <190 | <190 | Desejável |
HDL colesterol | >40 | >40 | Desejável |
Triglicerídeos | <150 | <175 | Desejável |
Categoria de risco:
LDL colesterol | Em jejum (mg/dL) | Sem jejum (mg/dL) |
<130 | <130 | Baixo |
<100 | <100 | Intermediário |
<70 | <70 | Alto |
<50 | <50 | Muito alto |
Não-HDL-C | Em jejum (mg/dL) | Sem jejum (mg/dL) |
<160 | <160 | Baixo |
<130 | <130 | Intermediário |
<100 | <100 | Alto |
<80 | <80 | Muito alto |
Observações:
- Valores de colesterol total ≥ 310 mg/dL podem indicar hipercolesterolemia familiar.
- Quando os valores de triglicerídeos forem maiores do que 440 mg/dL, a medida deverá ser avaliada após um jejum de 12 horas.
- Não-HDL-C = (Colesterol total – HDL-C)
E quando vira prioridade?
- Se o LDL estiver acima de 130 mg/dL (ou 100 mg/dL em casos de diabetes/obesidade);
- Se houver histórico familiar de infarto precoce ou hipercolesterolemia;
- Se a criança tiver obesidade, diabetes ou pressão alta, aí o risco cardíaco dobra!
Mas calma! Valores alterados não significam que seu filho está doente — apenas que é hora de agir. Com ajustes na alimentação, mais atividades físicas e acompanhamento médico, dá para reverter o quadro antes que vire um problema sério.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria para a primeira dosagem
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) deu o passo a passo ideal para a primeira dosagem de colesterol nas crianças — e é mais simples do que parece!
Quando fazer?
- Entre 9 e 11 anos para todas as crianças, mesmo as saudáveis;
- Antes dos 9 anos se houver obesidade, diabetes, pressão alta ou histórico familiar de colesterol alto/infarto precoce.
Por que essa idade?
Nessa fase, já dá para detectar alterações genéticas (como a hipercolesterolemia familiar) ou hábitos que precisam de ajustes — antes que virem problemas sérios no futuro.
O que fazer para baixar o colesterol infantil?
Se o exame do seu filho acusou colesterol alto, respire fundo: dá para virar o jogo com algumas mudanças simples (e até divertidas)!
Reviravolta na alimentação
- Troque os industrializados por lanches naturais: que tal palitinho de cenoura com homus ou um mix de castanhas?
- Invista em fibras: aveia, frutas com casca e pão integral são ótimos aliados para reduzir o LDL ("ruim").
- Gorduras boas são bem-vindas: abacate, peixes como sardinha e azeite de oliva turbinam o HDL ("bom").
Hora de se movimentar!
- Nada de obrigar a criança a malhar! Brincadeiras ativas já resolvem:
- Pular corda, andar de bicicleta ou jogar futebol no parque;
- Dancem juntos no salão!
Ajustes na rotina
- Limite o tempo de telas para liberar espaço para atividades físicas;
- Envolva a criança no preparo das refeições — ela vai adorar ser o "chef" da salada colorida!
Acompanhamento médico
Se o colesterol estiver muito alto, o pediatra pode indicar medicação (sempre como último recurso). Mas na maioria dos casos, mudanças no estilo de vida resolvem!
Não transforme a dieta em um campo de batalha! Introduza os novos hábitos aos poucos e celebre cada conquista — um suco natural substituindo o refrigerante já é um passo incrível!
O que o colesterol alto pode causar no corpo em crianças?
Pode parecer exagero, mas o colesterol alto em crianças é um "inimigo silencioso" que mexe com a saúde do corpo todo — e os efeitos podem durar a vida inteira!
Artérias em apuros: O LDL (colesterol "ruim") começa a se acumular nas paredes das artérias desde a infância, formando placas de gordura que dificultam a passagem do sangue. Isso pode levar a:
Risco de infarto precoce: antes dos 50 anos em casos de hipercolesterolemia familiar;
Derrames (AVC): no futuro, se as artérias do cérebro forem afetadas.
Pâncreas em perigo: Triglicerídeos muito altos (acima de 500 mg/dL) podem causar pancreatite aguda — uma inflamação grave que dói muito e exige hospitalização.
Diabetes e obesidade: Crianças com colesterol alto muitas vezes já têm resistência à insulina, o que aumenta o risco de diabetes tipo 2 e piora o quadro de obesidade.
Fígado sobrecarregado: Excesso de gordura no sangue pode levar à esteatose hepática ("fígado gorduroso"), comum em crianças com sobrepeso.
Veja também: Sintomas e tratamento de gordura no fígado!
Conclusão
O colesterol alto em crianças não é um bicho-papão, mas precisa de atenção — e a boa notícia é que pequenas mudanças fazem uma diferença enorme!
Se o exame do seu filho apontou taxas alteradas, respire fundo: não é o fim do mundo, mas um sinal para agir. Revisar a alimentação, incluir brincadeiras ativas e manter os exames em dia são passos simples que protegem o coração dos pequenos. E mesmo nos casos genéticos, como a hipercolesterolemia familiar, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico garantem uma vida saudável.
Lembre-se: não é sobre proibir o fast food ou virar atleta da noite para o dia. É sobre criar hábitos sustentáveis que toda a família pode adotar juntos — um suco natural aqui, uma corrida no parque ali.
Agora é com você! Converse com o pediatra, faça os exames recomendados e aproveite para transformar a rotina da casa em uma aventura cheia de saúde. Porque cuidar do colesterol infantil é investir em um futuro com mais energia, disposição e alegria para os seus filhos.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.