Um bebê com uma área grande de crosta láctea no lado direito da cabeça, deitado no colo de um adulto.

Crosta láctea em bebês: cuidados essenciais e quando buscar ajuda médica

0 a 5 meses
Artigo
Jun 15, 2025
7mins

Descubra o que é a crosta láctea, por que ela aparece em bebês, como cuidar de forma segura e o que evitar. Saiba quando é importante buscar orientação médica.

Você percebeu umas plaquinhas esbranquiçadas no couro cabeludo do seu bebê e ficou preocupado? Calma, você não está sozinho! A famosa crosta láctea é uma condição super comum nos primeiros meses de vida e, apesar do nome estranho, ela é totalmente benigna.

Neste artigo, vamos explicar o que é a crosta láctea, como cuidar com carinho desse detalhe do dia a dia e, claro, o que evitar para garantir o bem-estar do seu pequeno. Siga com a gente e descubra quando é hora de buscar orientação médica, sempre com informações baseadas em orientações pediátricas.

Boa leitura!

O que é a crosta láctea no bebê?

A crosta láctea é uma condição muito comum e totalmente normal que aparece no couro cabeludo dos bebês, especialmente nos primeiros meses de vida.

Ela se manifesta como umas plaquinhas esbranquiçadas ou amareladas, meio oleosas e com aspecto de caspa, que podem até parecer um pouco assustadoras à primeira vista, mas não causam dor nem coceira no seu pequeno.

Também chamada de dermatite seborreica infantil, essa condição acontece por causa da produção maior de óleo pelas glândulas da pele do bebê, influenciada pelos hormônios que ele recebeu da mãe durante a gestação. Além disso, um fungo que vive naturalmente na pele pode ajudar a formar essas crostinhas.

Apesar do nome, crosta láctea não tem nada a ver com leite ou alimentação, e não é contagiosa nem sinal de alergia. Geralmente, ela desaparece sozinha com o tempo, sem causar desconforto para o bebê. É só um detalhe passageiro que faz parte do desenvolvimento da pele do seu filho!

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Características da crosta láctea no bebê

A crosta láctea aparece como pequenas placas ou casquinhas esbranquiçadas, amareladas e um pouco oleosas que grudam no couro cabeludo do bebê, especialmente no topo da cabeça. Essas crostinhas têm um aspecto parecido com leite seco ou caspa, e podem formar escamas que, com o tempo, vão caindo naturalmente.

Além do couro cabeludo, a crosta láctea pode se espalhar para áreas próximas, como sobrancelhas, pálpebras, atrás das orelhas e até em algumas dobras do corpo, como axilas ou região da fralda, embora isso seja menos comum. Apesar de poder causar uma leve descamação e até uma queda temporária de cabelo na região afetada, a crosta láctea não provoca dor, coceira ou desconforto para o bebê.

Visualmente, as placas são geralmente bem delimitadas, oleosas e podem apresentar uma coloração que varia do branco ao amarelo, às vezes com um leve vermelhidão ao redor. Essa condição é superficial e benigna, desaparecendo sozinha com o tempo, sem deixar marcas ou sinais de inflamação grave.

O que causa a crosta láctea no bebê?

A crosta láctea acontece principalmente por causa da superatividade das glândulas sebáceas do bebê, que produzem um óleo natural chamado sebo. Essa produção excessiva de sebo é estimulada pelos hormônios da mãe que ainda circulam no corpo do bebê nos primeiros meses após o nascimento.

Esse excesso de óleo acaba acumulando células mortas da pele, que se juntam e formam aquelas placas esbranquiçadas ou amareladas que você vê no couro cabeludo do seu pequeno. Além disso, um fungo chamado Malassezia furfur, que vive naturalmente na pele, pode se multiplicar nessas áreas oleosas, contribuindo para a formação da crosta láctea.

É importante saber que essa condição não tem relação com falta de higiene, alergias ou contato com leite materno.

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Como cuidar corretamente da crosta láctea no bebê?

Close up de um pente branco com dentes finos, sendo usado para remover flocos de crosta láctea da cabeça de um bebê.

Cuidar da crosta láctea do seu bebê pode ser mais simples do que você imagina, e o melhor: sem causar desconforto para ele!

O segredo está em tratar com carinho e paciência, seguindo alguns passos que ajudam a amolecer e remover as crostinhas sem machucar.

Comece lavando o cabelinho do bebê diariamente ou em dias alternados com um shampoo bem suave, próprio para recém-nascidos. Se tiver dúvidas, pergunte ao pediatra qual é o melhor produto para o seu pequeno.

Durante o banho, use uma escova de cerdas macias ou um pente fino para ajudar a soltar as escamas, sempre com movimentos delicados para não puxar nem irritar a pele.

Para as crostas mais resistentes, uma dica é aplicar óleo vegetal, como óleo de amêndoas doces, ou outro emoliente indicado pelo médico, cerca de 30 minutos antes do banho. Esse cuidado ajuda a amolecer as placas, facilitando a remoção sem esforço. Depois, é só lavar normalmente com shampoo e enxaguar bem.

Evite tentar tirar as crostas com força ou usar produtos caseiros sem orientação médica, pois isso pode irritar a pele sensível do bebê. Se a crosta láctea estiver muito extensa, vermelha, com sinais de inflamação ou se não melhorar com esses cuidados, é hora de procurar o pediatra. Ele pode indicar shampoos medicinais, cremes específicos ou outros tratamentos para ajudar.

O que evitar em casos de crosta láctea?

  1. Primeiro, nunca tente arrancar as casquinhas com as unhas ou esfregando com força, pois isso pode machucar o couro cabeludo e até causar infecções.
  2. Também evite usar produtos que não sejam indicados para bebês, como shampoos comuns para adultos, sabonetes fortes, azeite ou óleo de amendoim — esse último, inclusive, pode causar alergia. O ideal é sempre optar por shampoos suaves, específicos para bebês ou para crosta láctea, e seguir as orientações do pediatra.
  3. Outra dica importante: não cubra demais a cabeça do bebê com gorros, chapéus ou lenços, principalmente nos dias quentes, porque o calor e o suor podem aumentar a oleosidade e piorar a crosta láctea.
  4. Por fim, evite lavar a cabeça do bebê todos os dias sem necessidade, pois o excesso de lavagem pode ressecar a pele. O ideal é seguir a frequência recomendada pelo pediatra, geralmente a cada 2 ou 3 dias, usando sempre produtos suaves.

Quanto tempo demora para a crosta láctea sair?

A crosta láctea costuma desaparecer sozinha, sem complicações, mas o tempo para isso acontecer pode variar de bebê para bebê. Em geral, ela começa a sumir entre os 3 e 6 meses de vida, conforme a pele do seu pequeno vai se adaptando e a produção de óleo se normaliza.

Com os cuidados certos você pode ajudar a acelerar esse processo. Mas é importante ter paciência: mesmo com todo cuidado, a crosta láctea pode durar algumas semanas ou até meses.

Se a crosta láctea persistir por muito tempo, piorar ou apresentar sinais de inflamação, vermelhidão intensa ou coceira, vale a pena conversar com o pediatra para garantir que está tudo bem e, se necessário, receber orientações específicas.

O que acontece se não tirar a crosta láctea?

Se você optar por não remover a crosta láctea ativamente, geralmente não há motivo para preocupação. No entanto, existem alguns pontos a serem considerados.

As crostas podem se tornar espessas e oleosas, aderindo-se ao couro cabeludo. Embora geralmente não cause coceira, em alguns casos, pode haver uma leve coceira associada. A não remoção das crostas pode, em raras situações, levar a irritações ou até mesmo a pequenas infecções no couro cabeludo, caso a área seja traumatizada.

Além disso, a crosta láctea pode se espalhar para outras áreas, como sobrancelhas e rosto. Embora isso não indique gravidade, alguns pais podem considerar a aparência inestética e optar por tratar a condição por motivos estéticos.

É importante manter a área limpa e seca, mesmo que você não remova as crostas, para ajudar a prevenir o acúmulo excessivo de sebo e células mortas.

Quando buscar orientação médica?

Se você perceber que as crostinhas estão ficando muito vermelhas, inflamadas ou com áreas que parecem machucadas, isso pode indicar uma irritação ou até uma infecção que precisa de cuidado especial.

Outro motivo para buscar ajuda médica é se a crosta láctea começar a causar coceira intensa ou desconforto para o bebê, fazendo com que ele fique irritado ou tenha dificuldade para dormir. Além disso, se as crostas não melhorarem mesmo com os cuidados em casa, ou se estiverem se espalhando para outras partes do corpo, vale a pena conversar com o profissional.

Também é importante consultar o pediatra se você tiver dúvidas sobre os produtos que está usando ou se quiser orientações sobre o melhor tratamento para o seu bebê.

Conclusão

A crosta láctea pode até parecer um desafio no começo, mas agora você já sabe que é uma condição muito comum, benigna e que faz parte do desenvolvimento natural do seu bebê. Com cuidados simples, como usar shampoos suaves, evitar puxar as casquinhas e aplicar óleos indicados, dá para deixar essa fase mais tranquila para vocês dois.

Lembre-se de que a crosta láctea geralmente desaparece sozinha, mas se perceber sinais de irritação, vermelhidão ou se a condição não melhorar, não hesite em buscar a orientação do pediatra. Cuidar com carinho e atenção é o melhor caminho para garantir o conforto e a saúde do seu pequeno.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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