
Molusco contagioso: o que é, sintomas, tratamento e prevenção
Descubra tudo sobre molusco contagioso: entenda o que é, como ocorre a transmissão, sintomas, opções de tratamento e dicas de prevenção para proteger as crianças.
Se você já ouviu falar em molusco contagioso e quer entender melhor o que é essa infecção que costuma aparecer na infância, está no lugar certo!
O molusco contagioso é uma infecção viral comum que provoca pequenas lesões na pele, parecidas com bolinhas peroladas, e que podem se espalhar pelo corpo dos pequenos. Mas calma, não precisa se alarmar: vamos explicar de forma simples como ele acontece, como identificar essas lesões características e quais são as opções de tratamento disponíveis.
Também vamos dar dicas práticas para prevenir a transmissão e orientar quando é hora de procurar um dermatologista.
Boa leitura!
O que é a doença do molusco contagioso?
O molusco contagioso é uma infecção de pele causada por um vírus chamado poxvírus, que é bastante comum, especialmente entre as crianças. Ele aparece como pequenas bolinhas firmes, geralmente da cor da pele, com um “umbiguinho” no meio, que podem surgir no rosto, tronco, braços e pernas, mas também em outras partes do corpo.
Essas bolinhas são indolores e podem estar isoladas ou em grupos, às vezes formando até linhas, principalmente quando a criança coça ou cutuca as lesões, o que ajuda o vírus a se espalhar.
Qual a diferença entre HPV e molusco contagioso?
Apesar de o molusco contagioso e o HPV serem infecções virais que afetam a pele e causarem lesões que podem parecer semelhantes, eles são causados por vírus diferentes e têm características distintas.
O molusco contagioso é provocado por um vírus do grupo dos poxvírus, enquanto o HPV (Papilomavírus Humano) pertence a outra família viral. As lesões do molusco contagioso costumam ser pequenas bolinhas lisas, brilhantes, com um “umbiguinho” no centro, geralmente benignas e sem relação com câncer.
Já as verrugas causadas pelo HPV têm uma aparência mais áspera, parecida com couve-flor, e podem surgir em várias partes do corpo, inclusive nas áreas genitais, onde o HPV é uma infecção sexualmente transmissível.
Outra diferença importante é que o molusco contagioso é mais comum em crianças e pode se espalhar pelo contato direto ou objetos contaminados, enquanto o HPV está mais associado a verrugas genitais e pode ter implicações mais sérias em alguns casos.
Por que o molusco contagioso é comum na infância?
O molusco contagioso é especialmente comum em crianças, principalmente entre 2 e 5 anos, e isso acontece por alguns motivos bem simples.
Primeiro, o vírus que causa essa infecção se espalha facilmente pelo contato direto pele a pele, algo muito frequente nas brincadeiras e no convívio diário das crianças em creches, escolas e parques. Além disso, objetos compartilhados como toalhas, roupas, brinquedos e até piscinas podem facilitar a transmissão do vírus.
Outro ponto importante é que a pele das crianças, especialmente aquelas com dermatite atópica ou eczema, pode estar mais sensível e com a barreira cutânea comprometida, o que facilita a entrada do vírus. Também é comum que as crianças coçem ou mexam nas lesões, espalhando o vírus para outras áreas do corpo.
Por fim, o molusco contagioso tem um período de incubação que varia de duas semanas a seis meses, o que pode fazer com que a infecção se manifeste de forma silenciosa e se espalhe antes mesmo de ser notada.
Quais as características dos sintomas da doença do molusco contagioso?
O molusco contagioso aparece na pele como pequenas bolinhas firmes, lisas e brilhantes, geralmente com a cor da pele ou um tom rosado suave.
Essas lesões têm um tamanho que varia entre 2 e 5 milímetros e costumam ter uma característica bem típica: uma depressão ou “umbiguinho” no centro, que ajuda bastante no diagnóstico. Elas podem surgir isoladas ou em grupos, e às vezes aparecem em forma de linha, especialmente quando a criança coça ou espalha o vírus para outras áreas do corpo.
Essas bolinhas são indolores na maioria das vezes, mas podem causar coceira ou irritação, principalmente se forem mexidas ou infectadas por bactérias. O molusco contagioso costuma aparecer em várias partes do corpo, como rosto, tronco, braços e pernas nas crianças, e em adultos pode atingir também a região genital.
Em pessoas com a imunidade mais baixa, as lesões podem ser maiores, mais numerosas e até causar inflamação ao redor. Apesar de parecerem incômodas, essas lesões geralmente desaparecem sozinhas em meses, mas é sempre bom ficar de olho e buscar orientação médica para o melhor cuidado e tratamento.
Veja também: Impinge: saiba mais sobre essa infecção de pele
Opções de tratamento para o molusco contagioso

O molusco contagioso, na maioria das vezes, pode desaparecer sozinho em um período que varia de 6 meses a 2 anos, graças à ação do sistema imunológico. Mas, para evitar que as lesões se espalhem, causem incômodo ou por questões estéticas, o dermatologista pode indicar algumas opções de tratamento.
Pomadas e medicamentos tópicos
Existem cremes e pomadas que ajudam a eliminar as lesões, causando uma reação inflamatória controlada que facilita a recuperação.
Entre os mais usados estão a podofilotoxina, o hidróxido de potássio, o ácido salicílico (às vezes combinado com iodopovidona), o peróxido de benzoíla, a tretinoína e o ácido tricloroacético. É fundamental usar esses medicamentos com orientação médica, pois alguns têm restrições para crianças, gestantes e lactantes.
Remoção física das lesões
Quando as bolinhas incomodam ou estão em grande quantidade, o dermatologista pode optar por remover as lesões com técnicas como:
- Curetagem: retirada das lesões com um instrumento especial, geralmente feita com anestesia local para minimizar o desconforto;
- Crioterapia: aplicação de nitrogênio líquido para congelar e eliminar as bolinhas;
- Laserterapia: uso de laser para destruir as lesões;
- Eletrocauterização: queima controlada das lesões para removê-las.
Esses procedimentos são rápidos, mas podem causar um pouco de dor, irritação ou até cicatrizes, por isso devem ser feitos por profissionais experientes.
Tratamento com comprimidos
Em alguns casos, especialmente em crianças, o médico pode indicar o uso de medicamentos orais, como a cimetidina, como alternativa ou complemento ao tratamento local.
Cuidados importantes
Independentemente do tratamento escolhido, é essencial seguir as orientações médicas para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas e para outras áreas do corpo. Além disso, cobrir as lesões pode ajudar a reduzir o contágio.
Medidas de prevenção para molusco contagioso
Para evitar o molusco contagioso, o segredo está em cuidar bem da pele e evitar o contato com as lesões, que são a principal forma de transmissão do vírus. Lavar as mãos com frequência e com bastante cuidado é uma das melhores maneiras de se proteger e proteger quem está ao seu redor.
É importante não compartilhar objetos pessoais como toalhas, roupas, brinquedos e roupas de cama, pois o vírus pode estar presente neles e facilitar o contágio. Em ambientes como piscinas e clubes, onde o contato com a pele e objetos é maior, o cuidado deve ser redobrado — evite compartilhar brinquedos e use sempre roupas de banho limpas.
Se a criança ou alguém da família já tem molusco contagioso, cubra as lesões com roupas ou curativos impermeáveis, especialmente antes de ir à piscina ou participar de atividades que envolvam contato físico. Isso ajuda a evitar que o vírus se espalhe para outras áreas do corpo ou para outras pessoas.
Também é fundamental evitar que a criança coce ou mexa nas bolinhas, pois isso pode espalhar o vírus para outras partes da pele. Manter a pele hidratada e saudável ajuda a fortalecer a barreira natural contra infecções.
Quando procurar o dermatologista?
Procure o dermatologista especialmente se as lesões estiverem aumentando rápido, se estiverem em áreas sensíveis, como o rosto ou região genital, ou se causarem muito incômodo, coceira ou sinais de infecção, como vermelhidão, dor e pus.
Também vale a pena consultar se as bolinhas não desaparecerem sozinhas depois de alguns meses ou se você quiser acelerar a recuperação para evitar que o vírus se espalhe para outras partes do corpo ou para outras pessoas.
Além disso, o acompanhamento médico é importante para garantir que o tratamento seja seguro, principalmente em crianças pequenas, gestantes ou pessoas com o sistema imunológico mais frágil.
Veja também: Manchas de vitiligo no início: a importância do diagnóstico precoce
Conclusão
O molusco contagioso é uma infecção viral comum, especialmente na infância, que causa aquelas bolinhas pequenas e características na pele.
Apesar de ser contagioso, não precisa de preocupação exagerada: com informação certa e cuidados adequados, dá para lidar bem com ele. Identificar as lesões, entender como ocorre a transmissão e conhecer as opções de tratamento — que vão desde pomadas até procedimentos feitos pelo dermatologista — ajudam a controlar a situação com tranquilidade.
Além disso, seguir medidas simples de prevenção, como evitar o contato direto com as lesões, não compartilhar objetos pessoais e manter a pele saudável, é fundamental para evitar que o molusco se espalhe. E, claro, sempre que surgir dúvida ou se as lesões incomodarem, buscar o dermatologista é o melhor caminho para um cuidado seguro e personalizado.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.