Profissionais de saúde medem a circunferência da cabeça de um bebê utilizando uma fita métrica, durante uma consulta de acompanhamento do desenvolvimento infantil.

Plagiocefalia: como a condição afeta os bebês?

0 a 5 meses
Artigo
Maio 15, 2025
9mins

Conheça a plagiocefalia, uma condição que causa o achatamento de uma área da cabeça do bebê, geralmente causada por fatores como posicionamento inadequado ao dormir.

Você já ouviu falar em plagiocefalia? Apesar do nome complicado, essa condição é mais comum do que parece e pode gerar muitas dúvidas e preocupações nos pais, especialmente nos primeiros meses de vida do bebê.

A plagiocefalia é uma condição que afeta muitos bebês, e compreender suas nuances é crucial para garantir o desenvolvimento saudável dos pequenos. Sabe aquele achatadinho em uma parte da cabecinha do seu pequeno? Ele pode ser sinal de plagiocefalia, geralmente causada por posições repetidas ao dormir, uso frequente de bebê-conforto ou até por condições como torcicolo congênito e prematuridade.

Mas fique tranquilo: entender os sintomas, saber como prevenir e quando buscar ajuda faz toda a diferença para o conforto e o desenvolvimento saudável do seu bebê. Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre a plagiocefalia, desde os sinais de alerta até as principais formas de prevenção e tratamento.

Boa leitura!

O que é plagiocefalia?

Plagiocefalia é um nome chique para um problema que acontece quando a cabecinha do bebê fica meio “achatada” em um dos lados. Isso acontece porque o crânio dos pequenos ainda é bem molinho e maleável, o que é ótimo para o parto, mas também faz com que, se eles ficarem muito tempo na mesma posição, aquela parte da cabeça pode acabar ficando mais “amassadinha”.

A plagiocefalia é uma deformação craniana caracterizada pelo “achatamento” da parte de trás da cabeça do bebê e costuma ser mais comum do lado direito. Essa condição pode se manifestar de diferentes formas, desde casos leves a plagiocefalias graves. Saber diferenciar um caso do outro é crucial para garantir o melhor tratamento.

Geralmente, a plagiocefalia aparece quando o bebê fica muito tempo deitado sempre do mesmo lado, ou quando passa horas no bebê-conforto, carrinho ou cadeirinha, sem mudar de posição. Também pode estar ligada a outras questões, como o torcicolo congênito (quando o pescoço do bebê tem uma posição mais travada) ou até bebês que nasceram prematuros, que têm a cabecinha ainda mais delicada.

Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento com pediatra, pois o apoio do profissional de saúde pode proporcionar melhor qualidade de vida em todas as fases. Com algumas mudanças simples no dia a dia e um acompanhamento legal, a plagiocefalia pode ser evitada ou tratada com sucesso.

Veja também: Entenda o que é Curva de Crescimento

Tipos de plagiocefalia

Como mencionado no parágrafo anterior, existem diferentes tipos de plagiocefalia, cada um com características específicas.

Basicamente, existem dois tipos principais de plagiocefalia que os pais precisam conhecer: a plagiocefalia posicional (falsa ou leve) e a plagiocefalia verdadeira (ou grave). A plagiocefalia grave envolve um achatamento mais pronunciado, enquanto a plagiocefalia leve apresenta sinais menos intensos.

A plagiocefalia posicional é a mais comum e acontece quando o bebê fica muito tempo com a cabeça apoiada sempre no mesmo lugar, como quando dorme de barriga para cima sem variar a posição. Isso faz com que uma parte da cabeça fique achatada, mas as “moleiras” e as suturas do crânio continuam abertas e normais.

Essa forma é chamada de “falsa” porque não envolve alterações ósseas permanentes e pode ser corrigida com mudanças simples na rotina, como o famoso tummy time e variações na posição do bebê.

Já a plagiocefalia verdadeira é mais rara e acontece quando uma das suturas do crânio do bebê fecha antes da hora - isso é chamado de craniossinostose. Nesse caso, o formato da cabeça fica deformado porque o crescimento do crânio fica prejudicado, e o tratamento geralmente é cirúrgico para evitar complicações.

Contudo, não podemos confundir a plagiocefalia com a cranioestenose. A cranioestenose acontece quando as suturas craniana e as fontanelas, conhecidas como “moleiras”, se juntam precocemente, causando uma deformidade na cabeça do bebê. Neste caso, o tratamento é totalmente cirúrgico.

Por isso, é super importante que o pediatra avalie direitinho para saber qual tipo de plagiocefalia o bebê tem e indicar o melhor cuidado. Assim, dá para garantir que a cabecinha do seu pequeno se desenvolva do jeitinho certo!

Causas da plagiocefalia

Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da plagiocefalia em bebês. Postura inadequada durante o sono e deixar o bebê por muito tempo na mesma posição podem causar deformidades.

A plagiocefalia acontece principalmente porque o crânio dos bebês é muito maleável e pode se deformar quando a cabeça fica muito tempo apoiada na mesma posição. Por isso, passar horas deitado sempre do mesmo lado ou de barriga para cima, sem variar a posição, é uma das causas mais comuns dessa condição.

Além disso, o uso excessivo de bebê-conforto, carrinhos e cadeirinhas também pode aumentar o risco, já que o bebê fica com a cabeça apoiada na mesma área por muito tempo. Outra causa frequente é o torcicolo congênito, que faz o bebê preferir virar a cabeça sempre para um lado, contribuindo para o achatamento.

Algumas situações durante a gestação e o parto também podem influenciar, como a posição do bebê no útero, restrição de movimentos no útero por ser um feto muito grande, gestação múltipla, pelve materna muito pequena, útero pequeno, excesso ou falta de líquido amniótico, prematuridade e até a compressão da cabeça no canal de parto.

Por fim, em casos mais raros, a plagiocefalia verdadeira está ligada ao fechamento precoce das suturas cranianas, que é uma condição congênita e exige tratamento especializado. Embora essa deformidade tenha cura, seja ela presente no nascimento ou manifestada nos recém-nascidos, é importante que o pediatra inclua um diagnóstico clínico para iniciar o tratamento adequado.

Principais sintomas da plagiocefalia

A plagiocefalia costuma ser percebida principalmente pelo formato diferente da cabeça do bebê: uma parte fica achatada, fazendo com que a cabecinha pareça assimétrica ou com um lado mais “amassado” que o outro. Além disso, a orelha do lado achatado pode parecer estar mais para frente, e os olhos podem ficar desalinhados, dando a impressão de que não estão no mesmo nível.

Outros sinais comuns incluem o bebê preferir virar a cabeça sempre para o mesmo lado, o que pode causar um pescoço mais rígido ou torto, conhecido como torcicolo. Essa postura pode até dificultar a amamentação, já que o bebê fica desconfortável para se posicionar.

Em casos mais graves, além da assimetria estética, a plagiocefalia pode afetar o desenvolvimento motor do bebê, causando atrasos para rolar, sentar, engatinhar e andar. Por isso, é importante ficar atento a esses sinais e buscar orientação médica para um diagnóstico e tratamento adequados.

O que a plagiocefalia pode causar?

Profissional de saúde realiza avaliação da cabeça de um bebê deitado de barriga para cima sobre uma superfície macia, utilizando luvas descartáveis para examinar cuidadosamente a região do crânio.

A plagiocefalia vai muito além de uma simples questão estética. Quando não tratada, essa condição pode trazer algumas consequências que afetam a saúde e o desenvolvimento do bebê.

Como já vimos, o achatamento da cabeça pode causar assimetrias visuais, como olhos e orelhas desalinhados, e até problemas de visão, como dificuldade para focar ou estrabismo. Além disso, a pressão sobre os ouvidos pode levar a problemas auditivos e infecções constantes no aparelho auditivo.

Outro ponto importante é que a plagiocefalia pode influenciar o desenvolvimento motor da criança. Bebês com essa condição podem demorar mais para alcançar marcos como rolar, sentar, engatinhar e andar, principalmente se houver torcicolo associado, que dificulta o movimento do pescoço e a postura correta.

No longo prazo, a plagiocefalia não tratada pode até afetar a qualidade de vida na idade adulta, causando dores de cabeça, dores no pescoço e nas costas, além de problemas posturais como escoliose. Também há relatos de atrasos no desenvolvimento cognitivo e da fala, o que reforça a importância de um diagnóstico precoce e acompanhamento adequado.

Por fim, a deformidade pode impactar o emocional da criança, gerando baixa autoestima e dificuldades sociais, especialmente na infância e adolescência, quando a aparência começa a ter mais influência no convívio com os outros.

O que fazer para corrigir a plagiocefalia?

A boa notícia é que a plagiocefalia, na maioria dos casos, pode ser corrigida com alguns cuidados simples e muita atenção no dia a dia do bebê. A prevenção é um papel crucial na gestão da plagiocefalia.

O primeiro passo é variar bastante a posição da cabecinha durante o sono e o tempo acordado. Até o sexto mês de vida, é recomendado incentivar a mudança de posição do bebê, mesmo durante o repouso. Também é indicado e eficaz proporcionar estímulos visuais e táteis variados. Isso ajuda a evitar que o bebê fique sempre com a cabeça apoiada no mesmo lugar, prevenindo o achatamento.

Outra dica super importante é investir no famoso tummy time - aquele tempinho que o bebê passa de barriga para baixo, sempre supervisionado, claro! Esse momento fortalece os músculos do pescoço e evita que a cabecinha fique muito tempo encostada no colchão.

Se o bebê tem torcicolo, a fisioterapia pode ajudar bastante a liberar o pescoço e estimular a movimentação para os dois lados. Além disso, o pediatra pode indicar o uso de capacetes ortopédicos em casos moderados a graves, que ajudam a moldar a cabeça do bebê enquanto ele cresce.

Mas o mais importante é sempre acompanhar o desenvolvimento com o pediatra, que vai orientar o melhor tratamento para cada caso.

Veja também: Como criar uma rotina de sono do bebê

Importância do diagnóstico e intervenção precoces

Quando o assunto é plagiocefalia, quanto antes a gente perceber o problema, melhor! O diagnóstico e a intervenção precoces fazem toda a diferença para que a cabecinha do bebê se desenvolva de forma saudável e sem complicações.

Isso porque, nos primeiros meses de vida, o crânio do bebê ainda é bem molinho e maleável, o que facilita muito a correção da assimetria com cuidados simples, como mudar a posição na hora do sono e fazer o tummy time.

Se a gente deixar para depois, a cabeça pode ficar mais “durinha” e difícil de corrigir, e aí o tratamento pode ser mais complexo, como o uso do capacete ortopédico ou até fisioterapia.

Conclusão

A plagiocefalia é uma condição que pode deixar muitos pais preocupados, mas a boa notícia é que, na maioria dos casos, ela pode ser evitada e tratada com cuidados simples e atenção desde cedo. Entender o que é a plagiocefalia, reconhecer os sintomas e saber as causas ajuda a agir rápido e garantir o melhor para o desenvolvimento do seu bebê.

Lembre-se: a cabecinha do bebê é delicada e precisa de cuidado especial, principalmente nos primeiros meses de vida. Variar as posições, investir no tummy time, evitar o uso excessivo de bebê-conforto e acompanhar o bebê com o pediatra são passos fundamentais para prevenir e corrigir o achatamento.

E se o achatamento for mais sério, não se preocupe: existem tratamentos eficazes, que vão desde fisioterapia até o uso de capacetes ortopédicos, sempre com acompanhamento profissional. O mais importante é o diagnóstico precoce, que faz toda a diferença para que o bebê cresça saudável, confortável e feliz.

Por conta da variedade de tipos, causas e opções de tratamento, é preciso que a condição seja avaliada de forma individual. Para um desenvolvimento craniano saudável, é preciso adotar medidas preventivas e buscar orientação médica quando necessário. Juntos, podemos garantir um desenvolvimento favorável para os pequenos.

As dicas do texto não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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