criança com altismo desenha coração em folha sulfite

Autismo: sintomas, causas e abordagens terapêuticas

1 ano até pré-escola
Artigo
Maio 25, 2024
6mins

Descubra o que é autismo, seus principais sintomas, causas e as melhores abordagens terapêuticas para auxiliar no desenvolvimento.

Você sabia que, no Brasil, 1 a cada 36 crianças tem algum grau de autismo? Sim, muitas pessoas podem ter essa condição, e boa parte delas não é diagnosticada.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que, por muitos anos, foi estigmatizada, mas que vem sendo desmistificada na atualidade.

Entenda mais sobre o que é o autismo, quais são seus sintomas e como é seu tratamento.

Boa leitura!

O que é autismo?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que compromete o comportamento social, podendo afetar a comunicação e a linguagem da criança.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), o autismo pode se apresentar em 3 níveis:

  • Nível 1 – Autismo leve: as crianças podem apresentar dificuldades durante o convívio social, mas não necessitam de muito suporte para realizar ações cotidianas.
  • Nível 2 – Autismo moderado: elas apresentam comportamento mais restritivo e sintomas mais acentuados e precisam de certos cuidados durante as atividades sociais diárias.
  • Nível 3 – Autismo severo: as crianças têm limitações mais significativas, como dificuldade para falar e sintetizar emoções. Precisam de suporte o tempo todo.

Além disso, o TEA recentemente passou por uma mudança em sua classificação. Atualmente, ele reúne quatro distúrbios: Transtorno Autista; Síndrome de Asperger; Transtorno Invasivo do Desenvolvimento e Transtorno Desintegrativo da Infância.

Principais sintomas do autismo

Pelo fato de o autismo ser considerado um espectro, suas características são bastante variáveis, com diferentes amplitudes e/ou intensidades.

Geralmente, as crianças com esse distúrbio apresentam dificuldades nos âmbitos:

  • Social: contato visual pode ser incômodo, apresentam menor interação espontânea com adultos e outras crianças.
  • Comportamental: têm padrões repetitivos de autorregulação (como pular, balançar as mãos ou se balançar), hiperfoco em temas do seu interesse e brinquedos específicos, hipersensibilidade sensorial.
  • Linguagem: apresentam atrasos no desenvolvimento da linguagem oral e verbalização, além de alteração em suas habilidades linguísticas.

Os padrões podem variar de uma criança para outra, com a influência do nível de diagnóstico de cada uma.

Além disso, é comum que os pequenos diagnosticados com TEA também apresentem outras condições, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão e epilepsia.

Autismo em diferentes fases da vida

O autismo não tem cura, mas existem tratamentos contínuos que contribuem para a qualidade de vida da criança.

Com o passar dos anos, a criança cresce e desenvolve a fala e expressões de sentimentos, por exemplo. Dependendo do nível de autismo, ela pode aprimorar suas habilidades sociais, tornando-se capaz de trabalhar ou estudar sem a necessidade de suporte especial.

Portanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, maiores são os indicativos de melhora.

Como é o diagnóstico do autismo? E o tratamento?

Uma criança é diagnosticada com TEA por meio da avaliação clínica de seus comportamentos e desenvolvimento.

Essa análise é realizada por meio da observação de um médico especialista, uma vez que não há um exame específico para identificar o transtorno.

O tratamento deve iniciar assim que a criança é diagnosticada com autismo, com o auxílio de uma equipe multidisciplinar.

Esse time inclui psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Alguns sintomas do autismo, como irritabilidade, insônia e desatenção podem ser tratados com o uso de medicamentos específicos.

A neurodiversidade e o espectro autista

Quando se fala sobre o autismo e outros transtornos neurológicos, é comum o uso do termo “neurodiversidade”. Mas, afinal, o que é isso?

A neurodiversidade é um conceito que se refere a esses transtornos não como uma doença, mas sim como a manifestação da diferença entre os humanos.

Por isso, não é correto se referir ao autismo como doença, entende?

Esses transtornos geralmente envolvem déficits no desenvolvimento, resultando em prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional.

Autismo e sociedade: desafios da inclusão

Quem tem autismo enfrenta desafios diários, e seria incrível se todos entendessem isso. Mas, infelizmente, nem sempre é assim.

Muitas crianças com autismo e seus pais podem passar por situações maldosas, além de lidarem com a falta de suporte e acessibilidade em muitos lugares.

É preciso promover a compreensão e a empatia entre as pessoas para aceitar as crianças com autismo em todos os aspectos da vida, sem distinções. Com mais apoio e educação, podemos criar um ambiente acolhedor e inclusivo para todos que têm autismo.

Estratégias de comunicação para crianças com autismo

É possível facilitar o processo de comunicação de crianças com autismo? Sim!

Com a ajuda de algumas estratégias, você consegue ajudá-las a desenvolver suas habilidades de verbalização e compreensão.

  1. Procure chamar a criança pelo nome, para atrair a sua atenção na conversa.
  2. Não fale muitas palavras rapidamente.
  3. Aliar um brinquedo ou assunto de interesse da criança à conversa ajuda a deixá-la mais motivada.
  4. Evite gesticular muito ou fazer muitas expressões faciais – isso pode confundir o pequeno e deixá-lo ansioso.
  5. Use fotos, objetos ou figuras para auxiliar na compreensão de tarefas e solicitações.
  6. Evite locais com estímulos excessivos.
  7. Espere alguns segundos antes de repetir uma frase, para dar tempo à criança de processar a informação.
  8. Crie situações para que a criança se expresse e encoraje-a a fazer pedidos.
  9. Evite ironias, sarcasmo e expressões figuradas, pois indivíduos com autismo tendem a interpretar de maneira literal.
  10. Expanda o vocabulário da criança sempre que possível, adicionando informações, como “blusa azul”, caso ela fale apenas “blusa”.

Tecnologia e autismo: 3 formas de usar como ferramenta de apoio

Estímulos e atividades para auxiliar no desenvolvimento de crianças autistas são sempre bem-vindos. É claro, desde que recomendados pelos especialistas que as acompanham.

E a modernidade pode ser uma aliada nesse processo! A chamada tecnologia assistiva consiste na otimização de plataformas e sistemas para a acessibilidade de pessoas com algum tipo de déficit.

É uma maneira de proporcionar as mesmas facilidades para todos.

No caso de crianças com autismo, essas tecnologias auxiliam na comunicação e oferecem suporte durante a realização de tarefas simples. Vamos ver alguns exemplos?

Tecnologias assistivas para leitura

A leitura é uma atividade que envolve os sentidos, especialmente a visão.

Com muitas letras, cores e ilustrações, essa ação pode ser desafiadora para uma criança com TEA.

Ferramentas como aplicativos que convertem texto em fala, audiolivros e configurações simplificadas de leitura podem ajudar a reduzir distrações durante a atividade.

Tecnologias assistivas para tarefas diárias

Crianças com autismo frequentemente enfrentam desafios para manter a concentração, realizar tarefas de casa e lembrar-se de suas responsabilidades.

Ferramentas como assistentes virtuais, como Siri e Alexa, por exemplo, podem reduzir a necessidade de apoio constante de um adulto (embora não substituam esse acompanhamento).

Tecnologias assistivas na escola

A tecnologia, nos últimos anos, tem ajudado muito na escola, especialmente os alunos com TEA.

Para essas crianças, ela proporciona suporte visual e ajuda a manter a atenção durante os estudos.

Ferramentas como computadores e tablets com programas específicos para esse transtorno, bem como jogos e brincadeiras lúdicas, ajudam a estimular o seu desenvolvimento.

A Lei Romeo Mion e sua importância para o autismo

A Lei 13.977, de 2020, conhecida como Lei Romeo Mion, assegura o direito a uma carteira de identificação exclusiva para pessoas com TEA.

A lei recebeu esse nome em homenagem ao filho mais velho do apresentador de televisão Marcos Mion, Romeo, que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista.

O apresentador utiliza as redes sociais para compartilhar a vida de uma família atípica e mostrar a rotina de Romeo.

Essa conquista busca proporcionar mais visibilidade à condição e representa um avanço para facilitar a aceitação das pessoas com autismo pela sociedade.

A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) é válida em todo o território brasileiro e é oferecida gratuitamente pelo portal Gov.br.

Crianças autistas precisam de apoio e de um ambiente preparado para acolhê-las com respeito.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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