
Entenda os saltos de desenvolvimento do seu filho
Qual é a diferença entre pico de crescimento e salto de desenvolvimento? Saiba mais sobre cada fase
Introdução
“Ah, deve ser um salto de desenvolvimento”: a explicação normalmente vem depois de uma queixa da mãe ou do pai sobre o temperamento da criança.
E quando os pais acreditavam estar tudo certo na rotina e o bebê voltou a acordar agitado ou chorando no meio da noite? Aconteceu com vocês? Bem, podem ser, sim, os tais saltos de desenvolvimento. Mas, afinal, o que é isso?
Visão geral do crescimento físico durante a infância
O crescimento físico da criança é contínuo e ocorre em estágios diferentes de acordo com cada indivíduo, sendo impactado por fatores diversos, como o ambiente, a alimentação, os estímulos cognitivos, motores e emocionais, entre outros.
Simultaneamente a esse desenvolvimento individual, as crianças estão sujeitas a picos de crescimento, quando elas despertam características como o aumento do apetite, na atividade física, desenvolvimento de novas habilidades, interesse por explorar o ambiente ao seu redor, e outros exemplos que acontecem como de forma natural, saudável e que fazem parte do seu processo de crescimento.
Quais são os principais saltos de desenvolvimento?
Durante o crescimento da criança, é possível observar evoluções e aprendizados em cada fase. Os saltos acontecem junto a grandes desenvolvimentos – sejam motores ou cognitivos, como aprender a se locomover ou descobrir o significado das coisas. Confira alguns dos principais saltos:
A partir de 4 semanas: o bebê começa a enxergar melhor e começa a focar no ambiente. Também passa mais tempo acordado, consegue chorar com lágrimas e dar os primeiros sorrisos.
2 meses: a criança percebe que tem pés e mãos e quer tocá-los. É normal também começar a demonstrar conforto ou desconforto com sons e cheiros.
4 meses: as mudanças de temperamento se tornam mais comuns à medida que a criança tem mais percepção do ambiente. Os choros podem aumentar, assim como a necessidade de ficar no colo. Também é a fase de levar brinquedos até a boca e do sono bagunçado.
7 meses: o bebê já tenta alcançar, se esticar e engatinhar. Ele também já pode compreender algumas palavras, dar “tchau” e segurar melhor os objetos.
12 meses: aqui começa o processo de imitação dos adultos, a criança tenta soltar as primeiras palavras – geralmente “mama” e “papa” –, aponta para as coisas que quer e entende pedidos simples.
1 ano e 2 meses: o bebê pode começar a dar os primeiros passinhos, mesmo que com dificuldade. A criança também vai tentar fazer outras coisas sozinha, como calçar chinelos, desenhar e comer.
1 ano e 6 meses: a criança mostra mais independência, consegue andar, faz gestos, diz algumas palavras, controla melhor o corpo, explora os ambientes, carrega os brinquedos e pede o que quer do seu jeito.
O que a criança sente durante os saltos de desenvolvimento?
Sentir que as coisas estão mudando não é fácil para as crianças. Portanto, tenha paciência e se faça ainda mais presente. É normal que seu filho demonstre desconforto ficando mais irritado, carente, enjoadinho ou querendo mais colo.
Para vivenciar os picos de crescimento da criança da melhor maneira, é importante que os pais colaborem para equilibrar entre si os momentos de atenção e cuidado. Observe a frequência com que as roupinhas deixam de servir para entender como está o crescimento e, em caso de qualquer dúvida, procure seu pediatra.
Pico de crescimento e salto de desenvolvimento: qual é a diferença?
Apesar da semelhança entre os termos, pico de crescimento e salto de desenvolvimento estão relacionados a transformações diferentes. Para resumir, pense assim:
> Pico de crescimento: a criança cresce fisicamente, ganha peso, aumenta de tamanho etc.
> Salto de desenvolvimento: a criança se desenvolve cognitivamente, dá os primeiros passos, faz as primeiras demonstrações de personalidade ou fala as primeiras palavras.
Os picos e os saltos acontecem simultaneamente durante toda a infância.
Confira o artigo do portal Baby and Me para se aprofundar no assunto e lembre-se que as dicas não substituem uma avaliação profissional. Não deixe de consultar o pediatra ou nutricionista de seu filho para obter orientações individualizadas.
Fatores que influenciam o crescimento físico
São vários os fatores que desempenham um papel importante no crescimento físico da criança, desde influências genéticas, até a produção de hormônios e inclusive a alimentação.
Impacto da genética no desenvolvimento
Pela genética será determinado o potencial de altura que a criança pode alcançar, se uma família possui genes para uma maior estatura é mais possível que a criança se desenvolva com uma altura maior, enquanto se a família tem genes de estatura mais baixa como predominantes, é mais possível que a criança desenvolva uma estatura mais baixa.
Os genes impactam também na produção de hormônio do crescimento, no caso produzidos pela glândula pituitária e responsáveis por estimular o crescimento de uma forma geral. Quando há um desequilíbrio na produção do hormônio do crescimento, a criança pode apresentar uma dinâmica evolutiva diferente das demais, no que diz respeito ao seu crescimento físico.
Impacto da nutrição no desenvolvimento
A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e a sua manutenção até os dois anos de idade ou mais.
Assim, aliado a isso no momento da alimentação complementar, uma alimentação saudável, equilibrada, que garante os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança é um fator de grande importância para o seu crescimento, pois afeta diretamente no desenvolvimento da estrutura óssea e muscular da criança, além dos seus tecidos corporais, muito beneficiados por nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais.
As dicas não substituem uma consulta médica. Consulte um profissional de saúde para obter orientações individualizadas.
Referências
Saúde da criança - Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf